Portugal SOS

Home
 
  • Direito
  • Opinião
  • Sociedade
  • Política
  • Desporto
  • Cultura e Lazer
  • Saúde
  • Horóscopo
  • Bizarrias
  • Reportagens & Entrevistas
  • Ilustres
  • Regiões
  • Home
  • SOS
  • Países
  • Portugal
  • Brasil
  • Moçambique
  • Angola
  • Guiné
  • São Tomé e Príncipe
  • Cabo Verde
  • Timor
  • Macau
  • Comunidades
  • Temas
  • Douro
  • Vinhos
  • Concelhos
  • Coisas do Mundo
  • Direito Fiscal
  • Media
  • Regioes
  • Coisas da Vida
  • Mulher
  • Sabia que
  • Poesia
  • Casos do Mundo
  • Alimentação Saudável
  • Agricultura
  • Medicina Popular
  • Efemérides
  • Promessas
+
sexta, 12 abril 2013 09:36

Um aviso aos jovens (Carta de despedida)

Written by Redação
Rate this item
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
(0 votes)

Foi-me enviado por um grande amigo e colega brasileiro que dizia: “Sei lá, nunca se sabe se alguém vai precisar....” Sugiro; leia.

Meu nome é Patrícia, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:

Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.
Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo.
Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés.
Nos finais de semana frequentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.
Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.
Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho na Rua XV.
À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão Galego' tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco.
Aquela movimentação de gente era "trimaneira''.
Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP.
Que sensação legal curti a noite inteira 'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários' não percebiam.
Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar.
Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal  estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap' dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.
No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente.
O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem naquele dia.
Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.
Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu quotidiano.
Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.
Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos só a seringa e sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó.
No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$ 10,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a boa, e eu precisava no mínimo 5 doses diárias.
Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite inteira e depois... farra!
O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida...
Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas...
Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem.
Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.
Meus pais,  sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.
Quando eu saía da Clínica aguentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.
Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha.
Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.
Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.
Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.
Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo.
Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...
Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais para mim.

Nota.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a comunicar que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS.
Por favor, repassem esta carta, faça questão de a ler aos jovens, seus ou mesmo dos outros. Este era o último desejo de Patrícia.

Tweet
Published in Brasil
Tagged under
  • Coisas do Mundo
back to top
  • Linkedin
  • twitter
  • facebook
  • google plus

A sua localização

Escolha a localização

Diretório SOS

Social Media Share

facebook twitter google-plus envelope linkedin
  • Prisioneiros da covid-19
    Delfina, Maria e Daniel nunca puseram um pé fora do lar. Fernanda só no Natal. Marco saiu de casa apenas para ir ao barbeiro e ao otorrino. Maria José sai para fazer tratamentos e andar. Nelson ainda deu umas escapadelas no verão, mas vindo o frio...
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:51
  • Governo já sabe por onde começa a executar o PRR
    Discussão pública do Plano de Recuperação e Resiliência termina segunda-feira. Governo quer ouvir para garantir execução da bazuca europeia. Metas que dão acesso às tranches conhecidas depois de Maio.
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:38
  • Até a Bíblia explica o abismo entre a Irlanda e Portugal
    O 0% de analfabetos da Irlanda em 1900 não se explica só por os irlandeses terem Bíblias em irlandês, num só volume, baratas e até em fascículos, 150 anos antes de Portugal. Mas ajuda.
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:30
  • Presidente da Fencaça diz que não foi cometida “nenhuma ilegalidade” na Torre Bela
    Líder da maior associação de caçadores começou por criticar a morte de mais de 500 animais, mas afirma agora que a investigação do MP “não vai dar em nada”.
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:22
  • Da requisição civil à limitação do ruído, os partidos apontam o dedo ao que o Governo escolheu não executar
    A renovação do estado de emergência tem sido aprovada com base nos decretos elaborados pelo Presidente da República, mas nem todas as sugestões presidenciais dadas têm sido postas em prática. E isso teve consequências, criticam os partidos.
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:19
  • Uma aposta de 13 milhões para reinventar a folha de cálculo
    Empresa luso-germânica lança concorrente do Excel e do Google Sheets. Construindo bases de dados próprias, quer ser “a Netflix das spreadsheets”.
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:08
  • Governo dá comparticipação maxima às câmaras para garantir execução de PRR
    O levantamento feito sobre as carências habitacionais está ultrapassado. Mas é um plano que já existe, está aprovado, e pode receber subvenções a fundo perdido de Bruxelas.
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:08
  • Consultas relacionadas com a covid nos centros de saúde descem a pique num mês
    Entre 15 e 21 de Fevereiro realizaram-se 50 mil consultas relacionadas com covid, quando entre 25 a 31 de Janeiro eram 200 mil. Descida poderá permitir mais um passo em frente na recuperação das consultas presenciais nos centros de saúde, já que...
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:05
  • Os títulos!
    Os títulos devem sintetizar o que está no texto e transmitir uma primeira impressão sólida do seu teor, tanto mais que o leitor nem sempre lê o artigo, ficando apenas com a referida impressão. Errada impressão, neste caso.
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:00
  • Retoma nos hospitais vai implicar horas extraordinárias
    Previsões da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares voltam a indicar uma diminuição do número de camas e de profissionais necessários para responder à covid-19. Se não houver surpresas, na 3.ª semana de Março podem atingir-se os...
    Fonte: PÚBLICO em 27-02 06:00
  • Home Page
  • Ficha Técnica
  • Diretório SOS
(C) 2013 PORTUGAL SOS - Produzido por: Dom Digital
  • Linkedin
  • twitter
  • facebook
  • google plus